domingo, 27 de fevereiro de 2011

Diretório Estadual aprova resoluções sobre governo, partido e eleições



O Diretório Estadual do PT recebeu, na abertura de sua reunião, neste sábado (26), o governador do Estado. Tarso Genro fez uma breve avaliação dos dois meses do seu governo juntamente com os petistas. A síntese do debate resultou em Resolução (1) aprovada por unanimidade pela Direção do PT/RS. Na avaliação, o governador e os petistas afirmam o que Programa de Governo e a Carta Compromisso aos gaúchos e gaúchas, apresentados nas eleições de 2010 e aprovados pelo eleitor já no primeiro turno, vêm sendo respeitados pelo governo do Estado do RS. A Direção partidária registrou que governo vem reafirmando o compromisso assumido nos dois documentos, com a abertura do diálogo com os servidores públicos; com o debate sobre o estabelecimento de um sistema de participação popular que democratiza o Estado, nos moldes do OP, inaugurado pelo governo Olívio Dutra; com a valorização da agricultura familiar gaúcha, e tantas outras ações de governo.


O PT gaúcho também aprovou Resolução das pautas: - Reforma Estatutária (2); Grupo de Trabalho Eleitoral (3) e Sobre Água e Sanemaneto Básico (4 - em digitalização final).


Leia abaixo resoluções na íntegra:


*1. RESOLUÇÃO SOBRE O GOVERNO DO ESTADO.
O Diretório do PT/RS avaliando a situação política no estado e o governo Tarso Genro:
1. Considera extremamente positiva a atuação do governo nesses 2 (dois) meses do mandato;
2. Considera que o governo, através de inúmeras iniciativas, afirma os compromissos assumidos no processo eleitoral pelo Programa de Governo e a Carta de Compromissos aos gaúchos e gaúchas;
3. Os programas de desenvolvimento econômico que estão sendo implementados possibilitam a retomada de crescimento e a recuperação financeira do Estado, o que permitirá, ao longo dos quatro anos, o atendimento de demandas históricas como investimento em saúde, o piso salarial do magistério, a garantia dos acessos asfálticos municipais, a valorização salarial dos Servidores da Segurança Pública, a prestação de educação, segurança e saúde com qualidade, o diálogo permanente com Servidores através de espaço institucional e, ainda para exemplificar, a valorização da Agricultura Gaúcha, em especial, a da Propriedade Familiar com respeito aos movimentos sociais.
4. Também merece registro, que não exaure o conjunto das medidas em curso, o estabelecimento de efetivas relações de colaboração entre o Estado do RS e a União, através dos Governos Estadual e Federal; o prestigiamento da Bancada Estadual da base Parlamentar e da Assembléia Legislativa, com o estabelecimento de uma relação dialógica e respeitosa com a Bancada da Oposição, , bem como, relações independentes e harmoniosas com os demais Poderes a ágil busca de recursos para investimento produtivo nas agências Nacionais e Internacionais; a reestruturação do Estado para atender a qualificação e universalização dos serviços prestados à população; o prestigiamento e valorização dos partidos da aliança que sustenta o Governo; a abertura do RS para uma política internacional; o estabelecimento de um sistema de participação popular que democratize o Estado ancorado na experiência do O.P. que amplie o controle social, aprofunde a transparência e dê efetivo combate à corrupção.O DR convoca os seus/suas filiados(as) a conhecerem e debaterem as medidas adotadas pelo Governo, contribuindo para o seu aperfeiçoamento e que permita superar limites, corrigir eventuais rumos para que o PT ajude o Governo a honrar os compromissos assumidos e corresponder à gigantesca expectativa do povo gaúcho de se reencontrar na sua auto-estima e, que olha o futuro com esperança e desejoso de ver a realização de justiça social, de democracia e de valorização dos cidadãos e cidadãs fonte do poder e a quem devemos prestar contas.
Porto Alegre 26 de fevereiro de 2011.
Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores do RS.


*2) RESOLUÇÃO SOBRE REFORMA ESTATUTÁRIAO DR/PT/RS convoca suas instâncias a iniciarmos o processo de preparação ao processo eleitoral em 2012. A antecipação política e organizativa do PT foi importante nas eleições 2010.Com as tarefas preliminares de mapear o quadro político de cada realidade local para subsidiar as definições táticas que o partido tomará no momento adequado, o DR/PT/RS delega a Executiva Estadual do PT a tarefa de constituir o Grupo de Trabalho Eleitoral, com uma formatação que deve respeitar a proporcionalidade de suas instâncias e inclusão das representações internas ao PT.O PTRS atuará com uma política de alianças nacional nas eleições municipais em 2012 e, a partir desta, buscará consolidar a aliança estratégica vitoriosa nas urnas no RS, expressa pelos partidos que integram a Unidade Popular pelo Rio Grande.
Diretório Estadual do PTRS.
Porto Alegre, 26 de fevereiro de 2011.


*3) RESOLUÇÃO SOBRE GRUPO DE TRABALHO ELEITORALO DR/PT/RS convoca suas instâncias a iniciarmos o processo de preparação ao processo eleitoral em 2012. A antecipação política e organizativa do PT foi importante nas eleições 2010.Com as tarefas preliminares de mapear o quadro político de cada realidade local para subsidiar as definições táticas que o partido tomará no momento adequado, o DR/PT/RS delega a Executiva Estadual do PT a tarefa de constituir o Grupo de Trabalho Eleitoral, com uma formatação que deve respeitar a proporcionalidade de suas instâncias e inclusão das representações internas ao PT.O PTRS atuará com uma política de alianças nacional nas eleições municipais em 2012 e, a partir desta, buscará consolidar a aliança estratégica vitoriosa nas urnas no RS, expressa pelos partidos que integram a Unidade Popular pelo Rio Grande.
Diretório Estadual do PTRS.
Porto Alegre, 26 de fevereiro de 2011.
Foto: Tina Griebeler

domingo, 20 de fevereiro de 2011

PT gaúcho se prepara para dar a largada


O PT/RS reúne o diretório estadual no dia 26. Estará em pauta a análise dos dois meses do governo Tarso e a criação do grupo que coordenará as eleições de 2012, no estado. A ideia é repetir a fórmula que contribuiu para a vitória ao Piratini, de se antecipar ao calendário eleitoral. Tarso teve sua candidatura ao governo confirmada um ano antes do início oficial da eleição.
Aqui em Mostardas estamos adiantados, pois temos dois candidatos para a majoritária - mais do que um ano antes do início oficial. A questão, agora, é definir o nome. Temos tempo!
Foto: para relembrar as eleições 2010, comitê de campanha em Mostardas.

A primeira reunião de 2011


Nossa primeira reunião de 2011 ocorreu na sexta-feira, 11/02, na sede provisória, casa do Dino. Dos assuntos em pauta um não foi vencido devido a ausência de um filiado, membro da Comissão, o qual estava viajando.
Foram apresentadas as propostas de filiação dos cinco novos postulantes, que após análise, das mesmas, foram aprovados e farão parte da próxima relação de filiados - a ser encaminhada, em abril/2011, ao TSE.
Em seguida foi realizada uma avaliação sobre as indicações, no âmbito municipal, para cargos no governo estadual. Algumas serão finalizadas em março.
Iniciamos o encaminhamento das atividades preparatórias para a eleição de 2012 e do plano de governo.
Será realizado um evento público, em março ou abril, para apresentar os novos filiados.
A próxima reunião ficou marcada para quarta-feira, 02/03, na sede provisória, às 19 horas.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Os 31 anos do PT


No dia 10 de fevereiro, quinta-feira, o PT comemorou 31 anos de fundação. Encontrei um artigo do Idelber Avelar: "31º aniversário do PT: algumas memórias", no seu blog: "o biscoito fino e a massa", o qual publico, abaixo, parcialmente, mas indico a totalidade no final.


31º aniversário do PT: algumas memórias

Ocorreu num domingo, no dia 10 de fevereiro de 1980, a partir das 11:30 da manhã, no Colégio Sion, em São Paulo, a reunião de fundação do Partido dos Trabalhadores. Havia cerca de 700 pessoas no auditório. Presidia a mesa Jacó Bittar, do Sindicato dos Petroleiros de Paulínia. O secretário era Henrique Santillo, médico formado pela UFMG e Senador por Goiás (sim, havia um Senador da República na fundação do PT). Também presente na mesa estava um certo Luiz Inácio, do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo e Diadema, já na época um líder sindical internacionalmente famoso pela greve que ajudou a solapar as bases da ditadura. De acordo com vários presentes, o momento mais emocionante foi a chamada dos seis primeiros signatários do manifesto. Eles foram: Mário Pedrosa, crítico de arte; Lélia Abramo, então presidenta licenciada do Sindicato dos Artistas de São Paulo; Manoel da Conceição, líder camponês; Sérgio Buarque de Hollanda, um dos maiores pensadores da nossa história como nação; Moacir Gadoti, que assinou em nome de Paulo Freire; e o mítico líder popular Apolônio de Carvalho, combatente na Guerra Civil Espanhola.
Mas o objetivo deste post não é contar uma história que já está documentadíssima nos ricos arquivos da Fundação
Perseu Abramo. Ao contrário, eu gostaria de fazer algo mais parecido ao que Bia, filha de Perseu, fez no ano passado: narrar um pouco da minha relação com esse projeto.
Tenho alguma lembrança do histórico
discurso de Lula na 1ª Convenção Nacional, em agosto de 1981, no qual ele disse: nosso partido é um menino que nasceu contra a descrença, a desesperança e o medo. Mas minha primeira memória de participação real no PT foi a campanha de Sandra Starling para o governo de Minas em 1982. Ali eu já havia me convertido no que se poderia chamar um militante. Nunca mais deixei de me associar a essa palavra, e em definitivo não me importo que me associem a ela, apesar de que meus períodos de militância são intermitentes e de que militei no PT mesmo, em tempo integral, no Brasil, “somente” oito anos. As decepções foram muitas, as derrotas numerosas. Quem é torcedor de futebol e já disse, alguma vez, enraivecido, nunca mais saio de casa para torcer para esse time saberá do que falo. Olhando para trás e, acima de tudo, olhando para o Brasil de hoje, não consigo escapar da conclusão de que valeu a pena.
Nossa relação com o restante da esquerda era dificílima. O PCB, o PcdoB e o MR-8 nos odiavam mortalmente. Tudo no PT parecia diferente da esquerda tradicional: havia sindicalistas e havia desbundados fumando maconha; havia parlamentares do MDB e havia feministas; havia militantes oriundos da POLOP, da AP e de outros grupos de resistência à ditadura e havia militantes do movimento negro; havia gays e lésbicas saindo do armário, ansiosos para colocar suas pautas na mesa, coexistindo com ativistas católicos das pastorais da terra; havia uma coleção de grupos trotskistas. Aquilo era um saco de gatos. Não tinha a menor chance de dar certo, nos diziam.
A grande acusação recebida pelo PT ao longo da década de 80 foi a de dividir o campo das forças democráticas. Tanto o PCB como o PCdoB haviam optado por alianças preferenciais com o PMDB, coerentes com a teoria etapista que sustentavam (o PcdoB só abandonaria essa estratégia no final da década de 80). O PT era a força política que atrapalhava o consenso, a voz dissonante que desafinava o coro dos contentes da transição. Essa acusação foi repetida até o momento em que ela deixou de fazer sentido, dado o fato de que o PT havia se tornado uma agremiação muito maior que todas as outras forças de esquerda reunidas.


Leia mais aqui.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Em defesa da água pública


Está em curso no país uma ofensiva de grandes grupos econômicos para adquirir o controle do saneamento, em especial, o abastecimento de água.
No RS, grandes empresas têm assediado prefeituras e legislativos com uma equação que não fecha: prometem a um só tempo ampliar investimentos em saneamento, indenizar a Corsan e reduzir a tarifa. Tentam vender uma ilusão com o objetivo de se apropriar de um serviço essencial à vida.
Segundo dados da ONU, 18% da população mundial não têm acesso a uma quantidade mínima aceitável de água potável. Projeções indicam que em 2025, dois terços da população do planeta - 5,5 bilhões de pessoas - poderão não ter acesso à água limpa. E, em 2050, apenas um quarto da humanidade vai dispor de água para satisfazer suas necessidades básicas.
É neste mercado futuro, extremamente promissor e lucrativo que essas empresas estão mirando. Diante disso, o PT/RS posiciona-se contrário a qualquer processo que leve à privatização dos serviços de saneamento – Água e Esgoto – nos municípios gaúchos.
A água é um bem público, essencial à vida, e não pode ser tratada como uma mercadoria. Com essa visão, assumimos, nas eleições de 2010, o compromisso com a população gaúcha de fortalecer a Corsan, ampliando e qualificando seus serviços. Esse é um compromisso reafirmado pelo governador Tarso Genro.
Nosso Partido, histórica e programaticamente, tem se posicionado na defesa de que os serviços públicos essenciais não podem ser instrumentos de capitalização privada e essa deve ser a orientação para nossos parlamentares, gestores e militantes sociais.
Assim, o PT/RS está integrando o Comitê Estadual em Defesa da Água Pública, organizado pelos movimentos sociais gaúchos, e orienta toda a sua militância, em especial seus(suas) parlamentares e gestores(as) públicos(as), a somarem-se a este movimento, criando e fortalecendo os comitês e fóruns municipais em defesa da água pública.
Desde já convidamos a todos(as) para o lançamento oficial do Comitê Estadual em Defesa da Água Pública no dia 18 de Março em Porto Alegre.

Executiva Estadual PT/RS
Porto Alegre, 31 de Janeiro de 2011