
Os partidos que hoje estão na oposição não podem mais recepcionar as manifestações dos professores na Praça da Matriz com tropa de choque e cães prontos para o ataque. Os tempos são outros. A truculência no trato com os movimentos sociais foi substituída pelo diálogo e pelo respeito mútuo. No entanto, setores saudosistas continuam alimentando a histórica richa com os professores. Nesta semana, por duas vezes consecutivas, deputados do PMDB, PSDB e PP retiraram o quórum para evitar a votação do maior reajuste para o magistério dos últimos dez anos.
O projeto, que só deverá ser votado na próxima semana, inviabilizando o pagamento do reajuste na folha de maio, é resultado de um processo de negociação entre o governo e o Cpers-Sindicato que durou cerca de 90 dias. A proposta, enviada pelo governo ao Legislativo, contou com o respaldo de assembleia geral da categoria, que reuniu quase dez mil professores no Gigantinho. Portanto, só a intenção deliberada de transformar questões consensuais em disputa política explica o comportamento de quem faz oposição ao governo Tarso.
Maior aumento da história
O aumento de 10,91% é o maior dos últimos dez anos. O índice representa um ganho real, em relação à inflação de 2010, de 4,7% (IPCA).
O aumento ainda não é o ideal. Representa, no entanto, uma clara sinalização do propósito do Executivo de implantar de forma gradativa, no decorrer dos próximos quatro anos, o piso nacional do magistério.
Com o reajuste, 88% dos professores do Estado (108 mil) passarão a ter vencimentos entre R$ 1541,00 e R$ 2451,00.
Deboche irresponsável
Não é de hoje que setores da atual oposição tratam o magistério com descaso. Sempre que estiveram no governo, achataram os salários dos professores. A governadora Yeda Crusius, além de não pagar o Piso Nacional da categoria, chegou ao ponto de questionar no Supremo Tribunal Federal (onde perdeu a ação) a constitucionalidade da lei que o instituiu, criada pelo então presidente Lula.Agora, irresponsavelmente, o PSDB quer obrigar o governo a pagar o Piso em 60 dias. E usa isso como desculpa para não ter dado quorum para a votação do projeto do governo que dará o aumento de 10,91% aos profissionais da Educação.A plena implementação do Piso Nacional significará um acréscimo de aproximadamente R$ 2 bilhões à folha de pagamentos. Isso não se consegue em dois meses. A proposta da oposição é um deboche com a realidade das finanças do estado. Não há qualquer dúvida sobre o compromisso do governo Tarso Genro e do PT com o magistério estadual e com o piso nacional da categoria. Além de ser compromisso histórico do partido, é também compromisso firmado por escrito pelo governador com os professores. Entre os eixos prioritários de programa para a Educação, à página 15 do em seu programa de governo, Tarso afirma: "reconhecemos o Piso Nacional Profissional do Magistério como vencimento básico da carreira e assumimos o compromisso de criar as condições financeiras necessárias para o pagamento". Para isso, como fará agora, a cada ano o governo dará aumento real de salários aos trabalhadores da Educação.
Fonte: PTSUL Inform@
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