sexta-feira, 27 de maio de 2011

Os partidos de oposição, mais uma vez ...





Os partidos que hoje estão na oposição não podem mais recepcionar as manifestações dos professores na Praça da Matriz com tropa de choque e cães prontos para o ataque. Os tempos são outros. A truculência no trato com os movimentos sociais foi substituída pelo diálogo e pelo respeito mútuo. No entanto, setores saudosistas continuam alimentando a histórica richa com os professores. Nesta semana, por duas vezes consecutivas, deputados do PMDB, PSDB e PP retiraram o quórum para evitar a votação do maior reajuste para o magistério dos últimos dez anos.
O projeto, que só deverá ser votado na próxima semana, inviabilizando o pagamento do reajuste na folha de maio, é resultado de um processo de negociação entre o governo e o Cpers-Sindicato que durou cerca de 90 dias. A proposta, enviada pelo governo ao Legislativo, contou com o respaldo de assembleia geral da categoria, que reuniu quase dez mil professores no Gigantinho. Portanto, só a intenção deliberada de transformar questões consensuais em disputa política explica o comportamento de quem faz oposição ao governo Tarso.
Maior aumento da história
O aumento de 10,91% é o maior dos últimos dez anos. O índice representa um ganho real, em relação à inflação de 2010, de 4,7% (IPCA).
O aumento ainda não é o ideal. Representa, no entanto, uma clara sinalização do propósito do Executivo de implantar de forma gradativa, no decorrer dos próximos quatro anos, o piso nacional do magistério.
Com o reajuste, 88% dos professores do Estado (108 mil) passarão a ter vencimentos entre R$ 1541,00 e R$ 2451,00.
Deboche irresponsável
Não é de hoje que setores da atual oposição tratam o magistério com descaso. Sempre que estiveram no governo, achataram os salários dos professores. A governadora Yeda Crusius, além de não pagar o Piso Nacional da categoria, chegou ao ponto de questionar no Supremo Tribunal Federal (onde perdeu a ação) a constitucionalidade da lei que o instituiu, criada pelo então presidente Lula.Agora, irresponsavelmente, o PSDB quer obrigar o governo a pagar o Piso em 60 dias. E usa isso como desculpa para não ter dado quorum para a votação do projeto do governo que dará o aumento de 10,91% aos profissionais da Educação.A plena implementação do Piso Nacional significará um acréscimo de aproximadamente R$ 2 bilhões à folha de pagamentos. Isso não se consegue em dois meses. A proposta da oposição é um deboche com a realidade das finanças do estado. Não há qualquer dúvida sobre o compromisso do governo Tarso Genro e do PT com o magistério estadual e com o piso nacional da categoria. Além de ser compromisso histórico do partido, é também compromisso firmado por escrito pelo governador com os professores. Entre os eixos prioritários de programa para a Educação, à página 15 do em seu programa de governo, Tarso afirma: "reconhecemos o Piso Nacional Profissional do Magistério como vencimento básico da carreira e assumimos o compromisso de criar as condições financeiras necessárias para o pagamento". Para isso, como fará agora, a cada ano o governo dará aumento real de salários aos trabalhadores da Educação.

Fonte: PTSUL Inform@

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